HISTÓRIA DE COIVARAS (DOS 22 ANOS)
O aniversário de emancipação política de Coivaras é comemorado no dia 29 de abril. As festividades de aniversário da cidade acontecem durante todo o dia 29 com alvorada de fogos, missa em ação de graças, cultos ecumênicos, inaugurações de obras, atividades esportivas e shows musicais. Em 2014, Coivaras irá completar 22 anos de independência administrativa.
Veja, em síntese, como surgiu o município de Coivaras:
A origem de Coivaras se deu através de alguns cearenses e alguns vaqueiros da região, que vindos da Caatinga do mimoso, de onde faziam viagens do Ceará ao Piauí, tocando boiadas e, que durante as viagens, faziam do local onde hoje é Coivaras, parada obrigatória para saciarem a sede dos animais e para o próprio descanso, no lugar chamado de Ingazeira. “No local havia fartura de água; pois, tinha um olho d’água, denominado de “Ingazeira” e de” Cacimba”. Eles ali se arranchavam e faziam fogueiras para afugentar os insetos. Por isso, o local ficou conhecido por Coivaras, alusão aos restos de vegetação queimados durante as pernoites dos vaqueiros-viajantes. Também, conforme relatos, alguns viajantes levavam as cinzas das coivaras de fogo para utilização na fabricação de sabão artesanal (sabão de soda) para os seus próprios consumos. Daí a origem do nome da cidade de Coivaras. O povoamento do município de Coivaras surgiu nos meados do século XVIII, com a chegada de famílias de vaqueiros que se fixaram no local, nas proximidades da Ingazeira. O nome Coivaras, segundo informações e depoimentos de moradores, teria sido colocado em virtude destes habitantes fazer coivaras de fogo e destas aproveitarem as cinzas na fabricação de sabão. Dado estes fatos, o então município recebeu o nome de Coivaras. Um dos primeiros moradores das terras das coivaras foi Aureliano e José Martins de Oliveira. Descendentes dele queriam que o nome do novo município piauiense fosse “Martinópolis do Piauí”, pois já existe Martinópolis do Ceará, mas entraram em um consenso ao escolher o nome de COIVARAS, em alusão às coivaras de fogo, e também em virtude da consulta popular (plebiscito) que ouviu a população à respeito da emancipação que já denominava o então povoado, de Coivaras.
A pedido dos moradores do então povoado de Coivaras, João Ferreira Gomes (João Biló) e Florentino Inácio de Oliveira, proprietários das terras banhadas pelo riacho do Olho D'água da Ingazeira, o então prefeito de Altos, Anísio Ferreira Lima, construiu em 1952 dois tanques na nascente do olho d’água a fim de Represar a água para o consumo humano e animal. No tanque grande, era armazenada a água para o consumo humano, enquanto que no tanque pequeno era armazenada a água para o consumo dos animais. Hoje no local foi perfurado um poço que auxilia o abastecimento d'água da cidade de Coivaras. Infelizmente os dois tanques foram demolidos pela Prefeitura Municipal de Coivaras e, assim, o marco histórico do nascimento da povoação de Coivaras desapareceu.
Uma das primeiras famílias a habitar o lugar foi a de Martinho José de Oliveira, esposo de Ambrosina Maria de Oliveira. Estes pais de Raimundo Martins de Oliveira (1887-1985), primeiro líder político do lugar e que se notabilizou por ter implantado os primeiros serviços públicos no município, ao lado de Antônio Inácio de Oliveira. Homem de grande envergadura e destaque político, proprietário da lendária “Fazenda Canto Alegre”, Antônio Inácio de Oliveira (1904-1979), vereador em Altos durante cinco legislaturas. Maria Quitéria de oliveira, João Ferreira Gomes (João Biló), Luciana Maria de Freitas, Virgínia Freire Gomes, também foram alguns dos primeiros moradores de Coivaras.
O então povoado de Coivaras teve intensa participação política em Altos. Foram vereadores, em Altos, representando o então povoado de Coivaras na Câmara Municipal de Altos: Antônio Inácio de Oliveira, (1951-1955/ 1955-1959/1963-1967/ 1967-1973/ 1973-1977); Clorisvaldo Martins de Oliveira (1963-1967); Raimundo Martins de Oliveira (1971-1973); Nilo Martins de Oliveira (1969-1971/ 1977-1982/ 1983-1988/ 1989-1992) e Erasmo Gomes Freire (1988-1992). A emancipação política de Coivaras deu-se no dia 29 de abril de 1992, através do projeto de lei nº 4.477 que criava o município Coivaras, situado na microrregião de Teresina, hoje RIDE Grande Teresina (Região Integrada de Desenvolvimento, que são as regiões metropolitanas brasileiras que se situam em mais de uma unidade federativa).
Nos 22 anos de emancipação política de Coivaras, foram prefeitos do município: Erasmo Gomes Freire (gestão: 1993-1996), Bernaval Freire de Araújo (gestão: 1996/2000-2001/2004), Francisco Freire Furtado (gestão: 2005-2008-2009/2012) (2012/2013-2016) e Edimê Oliveira Gomes Freitas (gestão: 2012 e 2013/2016). A comunidade Canto Alegre, tradicionalmente, sempre elegia o vice-prefeito: Joelina Inácio de Gomes (1993/1996), Vencerlau Oliveira Gomes (1996/2000-2001/2004), Edimê Oliveira Gomes Freitas (2005-2008/2009-2012). No entanto, com o óbito do ex-prefeito Francisco Freire Furtado, ocorrido em 23 de agosto de 2012, a situação se inverteu e o vice passa, a ser da sede, Yuri Magalhães Freire, eleito em 07 outubro de 2012, na chapa da então prefeita e reeleita Edimê Oliveira Gomes Freitas, através da coligação A Vontade do Povo (PT/ PMDB/PCB/PSB/PSD/PC do B).
Foram presidentes da Câmara Municipal de Coivaras: Benerval Freire de Araújo, Francisco José de Almeida Araújo, Mariano Gayoso Castelo Branco Neto, José Pereira Gomes Filho, Francisco Freire Furtado, Francisca das Chagas do Vale Silva, João do Monte Furtado Neto, Vera Lúcia Oliveira Gomes Rodrigues, Carlos Alberto Lustosa Araújo e, atualmente, José Pereira Gomes Filho.
(Gilberto Damasceno)